Febraban reforça cerco contra fraudes e contas ilegais no sistema bancário
A nova autorregulação da Febraban também foca na identificação e verificação de contas fraudulentas, popularmente conhecidas como “contas laranja”, além das “bets” irregulares.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) implementará novas medidas de segurança com o objetivo de combater crimes digitais e a lavagem de dinheiro dentro do sistema financeiro nacional. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, marcando um novo passo na luta contra atividades ilícitas que utilizam contas bancárias para movimentar recursos de origem duvidosa.
Uma das principais ações será o rigoroso controle e possível encerramento de contas ligadas a plataformas de apostas online que não possuírem a devida autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda. Essa medida visa coibir a atuação de empresas irregulares nesse setor, que frequentemente são utilizadas para a prática de crimes financeiros.
A nova autorregulação da Febraban também foca na identificação e verificação de contas fraudulentas, popularmente conhecidas como “contas laranja”, além das “bets” irregulares. As instituições financeiras associadas serão obrigadas a repassar ao Banco Central informações relevantes sobre essas contas, para que sejam compartilhadas entre os diversos bancos, ampliando o alcance das investigações e dificultando a ação dos criminosos.
O processo de monitoramento e supervisão será conduzido pela Diretoria de Autorregulação da Febraban, com a participação ativa de áreas cruciais como prevenção a fraudes, combate à lavagem de dinheiro, setores jurídicos e ouvidorias dos bancos. Essa abordagem multidisciplinar busca garantir uma análise completa e eficiente de cada caso suspeito.
Em caso de descumprimento das novas diretrizes, a Febraban poderá aplicar diversas punições, que variam desde um simples ajuste de conduta e advertência até a exclusão da instituição infratora do sistema financeiro. A severidade das sanções demonstra o compromisso da federação em garantir a integridade e a segurança do setor.
Essa iniciativa surge como parte de um esforço maior para combater o crime organizado, intensificado após a Operação Carbono Oculto, que revelou um esquema bilionário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao uso de contas bancárias de laranjas em postos de combustíveis para a lavagem de dinheiro. O objetivo é fortalecer os mecanismos de controle e dificultar a utilização do sistema financeiro para fins ilícitos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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